sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Contos de Aventura

Aventuras Fantásticas é uma série de livros-jogos criada por Ian Livingstone e Steve Jackson, lançadas no Brasil pela editora Marques Saraiva e, em Portugal, pela Editorial Verbo.
Em 1982, após o lançamento de Dungeons & Dragons, Steve Jackson e Ian Livingstone tiveram a idéia de criar uma livro-jogo, misturando o conceito de RPG com os livros interativos já existentes na época. Dessa idéia nasceram as Aventuras Fantásticas (Fighting Fantasy, no original). Assim, já em agosto de 1982, O Feiticeiro da Montanha de Fogo estava nas livrarias, e, em poucas semanas, as 20 mil cópias da tiragem já tinham sido vendidas.
No ano seguinte, foram publicados A Cidadela do Caos e A Floresta da Destruição, e então a coleção já se consagrou como grande sucesso. Durante treze anos, novos livros-jogos (não apenas de autoria da dupla) foram publicados ininterruptamente até que, atingindo o seu número 59, após alcançar a marca de best-seller e vender mais de 15 milhões de cópias, a série foi cancelada. As aventuras fantásticas, então, já haviam sido publicadas em 22 países - entre eles: Israel, Noruega e Bulgária. Em 2002, a editora britânica Wizard Books ressuscitou a coleção, publicando novas edições dos livros, com capas e ilustrações diferentes das antigas.
A estrutura era semelhante a da série "Escolha sua Aventura", editada pela Ediouro, no Brasil, aonde o leitor encarnava o personagem principal da história. O leitor ia lendo a história até que o livro convidava este a fazer uma escolha. Cada escolha encaminhava o leitor para uma página diferente aonde a história continuava de acordo com a escolha feita pelo leitor. A principal diferença entre as duas séries é que em alguns livros da série Aventuras Fantásticas havia uma planilha, aonde o leitor anotava as características do personagem, como em um jogo de RPG. E as lutas deste eram decididas com o lançamento de dados.



Contos de Fadas

Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Caracteristicamente envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais falantes são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Alguns exemplos: "Rapunzel", "Branca de Neve e os Sete Anões" e "A Bela e a Fera".
Diferentemente do que se poderia pensar, os contos de fadas não foram escritos para crianças, muito menos para transmitir ensinamentos morais (ao contrário das fábulas de Esopo). Em sua forma original, os textos traziam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas.
As versões infantis de contos de fadas hoje consideradas clássicas, devidamente expurgadas e suavizadas, teriam nascido quase por acaso na França do século XVII, na corte de Luís XIV, pelas mãos de Charles Perrault.[18] Para Sheldon Cashdan, em referência aos países de língua inglesa, a transformação dos contos de fadas em literatura infantil (ou sua popularização) só teria mesmo ocorrido no século XIX, em função da atividade de vendedores ambulantes ("mascates") que viajavam de um povoado para o outro "vendendo artigos domésticos, partituras e pequenos volumes baratos chamados de chapbooks".[19] Estes chapbooks (ou cheap books, "livros baratos" em inglês), eram vendidos por poucos centavos e continham histórias simplificadas do folclore e contos de fadas expurgados das passagens mais fortes, o que lhes facultava o acesso a um público mais amplo e menos sofisticado.